Cólicas, pressão na pélvis, dor seca: saiba mais sobre esses e outros sinais de parto prematuro

Confira alguns dos principais sintomas que devem acender o sinal amarelo nas mulheres grávidas.

Publicado em 24/12/2024 por Rodrigo Duarte.

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O parto prematuro pode ser considerado como um dos maiores medos da grande maioria das mulheres gestantes, especialmente das mães de primeira viagem, que acabam tendo uma maior dificuldade para conseguir identificar os sinais de proximidade do parto.

Cólicas, pressão na pélvis, dor seca: saiba mais sobre esses e outros sinais de parto prematuro
Créditos: Depositphotos

De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ser considerado como parto prematuro sempre que as mulheres começam a dar à luz antes da 37ª semana de gestação. Existem diferentes graus de prematuridade que podem ser definidos, de acordo com o momento do trabalho de parto.

Quando acontece entre a 35ª e a 36ª semana e seis dias, é chamado de limítrofe; entre a 32ª e a 34ª semana e seis dias, de intermediário; entre a 28ª e a 31ª semana e seis dias, muito prematuro. Por fim, partos que acontecem antes de completar a 28ª semana de gravidez são chamados de prematuros extremos.

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Naturalmente, quanto mais cedo a mulher entra em trabalho de parto, maiores são os riscos tanto para os bebês quanto para a mãe. E os casos são mais frequentes do que as pessoas pensam. Para ter uma ideia dos números, até novembro deste ano de 2024 haviam sido registrados mais de 245 mil partos prematuros em todo o Brasil, segundo os dados médicos. Fora as mulheres que ainda entram em trabalho de parto longe dos hospitais, o que ainda acontece com uma certa frequência.

Além disso, de acordo com a OMS, as complicações que são decorrentes do parto prematuro acabam sendo as principais causas de morte das crianças de até 5 anos de idade. Por isso, quanto antes as pessoas conseguem identificar os sinais do parto prematuro e tomar os devidos cuidados, maiores são as chances de controlar os danos.

Principais sintomas do parto prematuro

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Dor de parto – Um dos principais sintomas que as mulheres sentem normalmente são aqueles muito parecidos com as dores de parto, que são as contrações e as cólicas que elas sentem nos momentos que antecedem a hora do nascimento da criança. Para aquelas que não possuem experiências anteriores com essa dor, ela pode acabar se assemelhando a uma cólica bastante intensa.

Pressão nas partes íntimas – Existe ainda um outro tipo de dor que as mulheres sentem e que muitas vezes elas confundem como sendo apenas uma dor. Essa pressão acaba se concentrando de uma forma mais específica em determinadas partes do corpo, incluindo pélvis, coxas e virilha.

Dor nas costas – Outro tipo de dor que as mulheres sentem no momento do parto, e que também pode acabar surgindo nos momentos que antecedem, quando o parto é prematuro, é aquela que se concentra na região lombar do corpo, ou ainda nas costas. Em alguns casos, a dor pode ser confundida com uma pressão mais intensa.

Cólicas – Além das dores que se assemelham muito às das cólicas, as mulheres também podem experimentar as cólicas intestinais propriamente ditas, inclusive com a possibilidade de apresentarem quadros de diarreia.

Corrimento – Muitas grávidas acabam apresentando sinais de corrimento vaginal durante boa parte do estágio de desenvolvimento do bebê. Mas, nesse caso, normalmente acontece um aumento nessa produção, com esse corrimento se tornando muito mais intenso e volumoso.

Contrações – As contrações ainda são consideradas como a principal reação do corpo feminino nos momentos que antecedem a gestação. Mas um erro que as mulheres cometem com uma certa frequência é justamente não dar a devida importância quando essas contrações acontecem semanas antes da data esperada do nascimento da criança. Sempre que a mulher sentir mais de quatro contrações em um período de uma hora, ela deve ir para o hospital ou chamar um médico imediatamente.

Como prevenir o trabalho de parto prematuro?

Apesar de não existir uma receita 100% eficiente para conseguir prevenir o trabalho de parto prematuro, existem algumas dicas interessantes que podem ajudar as mulheres a evitar passar por esse tipo de situação, aumentando as chances de sobrevivência e de qualidade de vida tanto das mulheres quanto das crianças.

O primeiro passo é fazer um pré-natal de qualidade, procedimento, inclusive, que está disponível em seu protocolo completo no SUS. Além dos obrigatórios, caso seja possível, a mãe também pode ir fazendo alguns exames complementares que ajudam a monitorar a saúde do bebê de uma forma geral.

Aumentar a quantidade de água ingerida no dia a dia também é importante para manter o organismo funcionando da forma correta. O ideal é beber oito doses de suco ou água a cada duas horas para evitar a desidratação, o que pode deixar seu útero mais "irritado".

Cuidar da alimentação também é importante. O ideal é que a mãe ganhe de 10 a 15 kg durante a gestação, não mais do que isso.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.