Geneticista dá 5 dicas para emagrecer além dos exercícios físicos e da dieta
Perder peso não deve ser considerado como uma “tarefa fácil”.
Mesmo que a ciência saiba, a décadas, que a obesidade acaba sendo um dos principais causadores de uma série de doenças que podem ser consideradas como fatais, apenas no ano de 2013 que a Associação Médica Americana votou para reconhecer a condição como uma doença.
A decisão foi bastante polêmica, e ainda acaba sendo considerado como causadora de uma série de discussões, uma vez que a partir do momento que a entidade reconhece a obesidade como uma doença ela acaba tirando um pouco a ideia de que “as pessoas são gordas apenas porque elas querem”. Desta forma ela passa a ser considerada como uma condição crônica, que precisa de um acompanhamento médico e que acaba surgindo em pessoas que tenham determinadas características genéticas.
Um dos principais nomes dos estudos que são feitos sobre a obesidade é o de Giles Yeo, geneticista que atua na Universidade de Cambridge e que acaba sendo considerado como pioneiro no campo da pesquisa sobre obesidade. Ele declara que a obesidade é um problema cerebral.
“Está agora claro – transparente, evidente – que [a obesidade] é um problema cerebral: é nosso cérebro influenciando a fome”, disse Yeo. “Então, mesmo que a sensação venha do seu estômago, agora sabemos que a obesidade é apenas o seu cérebro sugestionando o que você come e como você come.”
Recentemente ele escreveu um livro, chamado “Gene Eating: The Science of Obesity and the Truth about Dieting” (sem tradução em português). Nele, existem as chamadas “5 verdades de Yeo”, que foram pensadas com base nas pesquisas mais recentes e importantes sobre o tema.
Elas podem ajudar as pessoas a entender melhor sua condição e também pode ser uma espécie de guia para a perda de peso de uma forma saudável e consciente. Confira quais são essas verdades:
Verdade Nº 1 – Perder peso nunca deve ser considerado fácil
O geneticista afirma que a ideia que algumas pessoas querem passar, de que perder peso pode ser considerado como algo fácil, não é verdade, nem do ponto de vista psicológico como do ponto de vista do organismo. E isso acontece basicamente em virtude de um complexo sistema de defesa que o nosso corpo acaba tendo e que combate a perda de gordura.
Perder peso vai basicamente contra os mecanismos de autopreservação que foram desenvolvidos pelo corpo ao longo de milênios. Portanto, a perda de peso realente deve ser encarada como algo difícil.
Verdade Nº 2 – Reduza a comida
Uma das formas de começar é reduzir a alimentação de forma geral, nem que seja um pouco. Yeo defende que as pessoas devem comer menos realmente de tudo, incluindo os alimentos considerados saudáveis. Não é recomendado, do ponto de vista genético, eliminar determinado grupos de alimentos.
Verdade Nº 3 – Alimentos de ingestão lenta são os melhores aliados
Se tem algo que grande parte das dietas realmente indicam e que estão de acordo com as pesquisas mais recentes sobre o tema é que as pessoas devem aumentar o consumo daqueles alimentos que demoram mais para serem digeridos. E, neste aspecto, algumas dietas acabam se saindo melhor justamente em virtude dessas escolhas.
Por exemplo, as proteínas realmente demoram mais para serem digeridas, portanto as dietas mais ricas neste grupo tendem a dar um resultado melhor. Alimentos ricos em fibras também acabam sendo importantes, justamente pelo tempo que elas demoram para serem completamente digeridas.
Verdade Nº 4 – A qualidade deve estar acima das calorias
No momento das escolhas dos alimentos que farão parte da rotina das pessoas, Yeo afirma que a qualidade deve ser levada em consideração, e não apenas um aspecto do alimento, como as calorias. Ele afirma, inclusive, que as calorias não devem ser contadas de maneira cega.
Verdade Nº 5 – A comida nunca deve ser a inimiga
O geneticista afirma que um dos principais problemas das dietas, de uma forma geral, acaba sendo a preocupação que as pessoas acabam tendo de excluir determinados alimentos, ao invés de entender como elas de fato interagem com A comida.
“Não tema a comida”, disse ele. “Acho que precisamos corrigir nosso ambiente alimentar; acho que algumas pessoas precisam comer menos. Mas se você tem medo da comida … você começa a pensar: ‘Oh, preciso cortar isso, preciso cortar aquilo'”.
